Glenn Hughes relembra sua passagem pelo Black Sabbath
Glenn Hughes foi um dos convidados de Ryan Roxie, no seu podcast “In The Trenches with Ryan Roxie”. A entrevista foi ao ar em setembro, em apoio a promoção do álbum “Holy Ground”, do The Dead Daises. Por lá, Hughes contou como se tornou o vocalista do Black Sabbath.
O disco “Seventh Star” seria um trabalho solo de Tony Iommi, então, Hughes pensou que iria apenas cantar algumas músicas no projeto, sem compromissos futuros. Mas, acabou indo muito além: “Fui o primeiro cara a ir ao Cherokee Studios em Hollywood para fazer algumas músicas com Tony. E eu escrevi e cantei algumas canções na primeira noite. E ele me pediu para voltar no dia seguinte, e continuou indo e indo, e acabei sendo o único cantor naquele álbum”, disse Hughes, via Blabbermouth.
Embora ainda não soubesse, o vindouro projeto se tornaria um álbum oficial do Black Sabbath. Enquanto gravava a última música, Hughes foi informado da mudança. No entanto, a ideia não partiu de Iommi, e sim de Don Arden (pai de Sharon Osbourne), empresário do guitarrista à época.
“Don Arden sugeriu à Warner Brothers, que deveríamos chamá-lo de ‘Black Sabbath com Tony Iommi‘; Então não era mais um álbum de Tony Iommi; foi um álbum do Black Sabbath“, explicou Hughes. “Estar no Black Sabbath não era algo que eu queria fazer. Eu estava tentando ajudar Tony, fazendo seu álbum solo. Mas eu gostei de trabalhar com Tony“, acrescentou ele.
Em outra ocasião, o vocalista havia dito que, apesar de gostar do trabalho e Dio e Ozzy a frente da banda, aquele estilo sombrio do Black Sabbath, não foi feito para ele.
Depois do Black Sabbath
Numa entrevista em 1998, após a apresentação no Monsters of Rock em São Paulo, Glenn Hughes explicou, via Combate Rock, como saiu do Black Sabbath:
“O problema foi a turnê norte-americana. Eu ainda estava em uma vida de excessos e minhas performances estavam longe de seres as melhores. Aí tive uma briga com um dos executivos da turnê e foi demitido após o quarto show, creio que em março de 1986”.
Posteriormente, Hughes viria a trabalhar novamente com Tony Iommi em “DEP Sessions” e “Fused”, ai sim, álbuns solos do guitarrista.
Além disso, hoje, Glenn Hughes tem uma carreira solo consolidada e empresta sua voz à diversos artistas. Aliás, ele esteve a frente, como vocalista e baixista, em todos os álbuns do Black Country Communion, banda que compartilha com Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinian.
E mais recentemente, ele passou a integrar a formação do The Dead Daises. Com a banda, Hughes lançou o EP “The Lockdown Sessions” e o álbum “Holy Ground”, que saiu em janeiro deste ano.
Veja a entrevista completa, em inglês, com presença de Doug Aldrich, guistarrista do The Dead Daises:
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