Lagarto Rei lança disco instrumental focado em experimentações

Lagarto Rei lança disco instrumental focado em experimentações
Foto por Lívio Medeiros

O disco de estreia do Lagarto Rei, intitulado “Mundo Flutuante”, tem um nome bastante apropriado para um trabalho focado em experimentações e música ambiente.

Já adianto que não é um disco para todos, pois, “Mundo Flutuante” é um álbum que não foi concebido pelo Lagarto Rei, para ser o típico álbum, composto por versos, pontes e refrãos. Mas se você gosta de psicodelia, música instrumental e atmosférica, mergulhe sem medo.

A proposta do Lagarto Rei é exatamente essa. Ou seja, música experimental, ambiente, com intuito de criar atmosferas por meio de efeitos sonoros, com o auxílio de técnicas de estúdio e distorção, sem esquecer do baixo e bateria.

É um disco para deixar rodando e em certos momentos lembra a trilha sonora que Vangelis criou para o filme “Blade Runner” (1982). O release enviado à imprensa cita o krautrock, com uma das influências do som do grupo, e faz sentido. Como exemplo, cito o disco “Rubycon” (1975), do Tangerine Dream.

Mas não pense que você vai ouvir exatamente o mesmo tipo de som desses artistas, no álbum do Lagarto Rei.

Essas menções servem apenas como uma referência. Isso porque o duo fluminense, formado por Robert William (baixo) e Lívio Medeiros (bateria), é uma banda de rock pesado. Então, entre as passagens atmosféricas de sua música, você ouvirá riffs de baixo e batidas de bateria.

Nessas horas, o som do grupo se aproxima do stoner/doom metal e criam um contraponto interessante, quase que festivo, no decorrer do disco.

Gravado ao vivo em 11 de dezembro de 2018, “Mundo Flutuante” contém seis faixas que demoraram quase quatro anos para ficarem prontas.

Com masterização e mixagem de Francisco Patetucho, “Mundo Flutuante” é um lançamento do selo Abraxas Records e já está disponível nas plataformas de streaming.