The Troops of Doom: Ouça “Antichrist Reborn”, aguardado álbum de estreia

The Troops of Doom: Ouça “Antichrist Reborn”, aguardado álbum de estreia
Foto por Angelo Avila

Desde que foi anunciado, “Antichrist Reborn”, o primeiro álbum do The Troops Of Doom, é aguardado ansiosamente pelos fãs de música extrema. A espera valeu a pena, pois, trata-se de um “discaço”.

O grupo mineiro já havia mostrado a que veio, em “The Rise of Heresy” (2020) e “The Absence of Light” (2021), os dois primeiros EPs. Mas com “Antichrist Reborn”, o The Troops Of Doom, se consolida de vez como uma das melhores bandas de metal extremo do país.

Parece exagero para uma banda novata, já que sua trajetória não passa dos dois anos. Contudo, seus integrantes são músicos experientes que, juntos, somam passagens por diversas bandas do cenário nacional do heavy metal.

Formado por Alex Kafer (vocal e baixo), Jairo “Tormentor” Guedz (guitarra), Marcelo Vasco (guitarra) e Alexandre Oliveira (bateria), o The Troops Of Doom, parece ter hibernado por três décadas e despertado como se o tempo não tivesse passado. Basta ouvir “Antichrist Reborn”, para compreender o sentido dessa sentença.

O disco de estreia, parece que saiu direto da década de 1980. Mérito do produtor sueco Peter Tägtgren (Hypocrisy, Immortal, Amon Amarth, Enslaved):

“A produção de Peter Tägtgren ficou animalesca, mantendo aquela sujeira dos discos velhos de death metal – minimalista e sem frescura ou aquele polimento das produções mais modernas, mas ainda trazendo um peso e uma qualidade fantástica. Era exatamente o que a gente precisava!”, avalia Marcelo Vasco.

Não há uma definição mais precisa do que esta. Ao ouvir “Antichrist Reborn”, você sente como se estivesse diante de um disco do Celtic Frost, por exemplo. Mas, com uma produção muito mais rebuscada e claro, com a pegada do The Troops Of Doom.

Renascimento

É difícil observar o título do álbum e não pensar na trajetória de Jairo Guedz. Afinal, o guitarrista integrou a formação que gravou os primeiros registros do Sepultura, “Bestial Devastation” (EP, 1985) e “Morbid Visions” (1986). E mesmo que tenha integrado o Overdose, e lançado discos ao lado das bandas The Mist e Eminence, Jairo nunca pareceu estar tão simbolicamente presente, quanto agora.

Nesse sentido, o The Troops Of Doom, parece um renascimento do guitarrista, que se consolida com “Antichrist Reborn”.

E o registro traz muitas referências dos tempos em que Jairo era integrante do Sepultura:

“O sugestivo título do álbum tem uma forte ligação com a música ‘Antichrist’, da minha época no Sepultura e, claro, porque nosso som é um resgate daquela aura do death metal dos anos 80. Aliás, a data de lançamento foi escolhida de propósito, na sexta-feira Santa, 15 de abril”, confessa Jairo Guedz.

Além disso, outra referência ao passado, é a capa do disco. Ela é uma criação de Sergio “AlJarrinha” Oliveira, o mesmo artista que desenhou a arte de “Bestial Devastation”:

Ele (Sergio Oliveira) pintou a arte da capa praticamente usando a mesma paleta de cores, ilustrando-a como se fosse uma espécie de sequência do ‘Bestial Devastation’. A arte tem aquele traço mais cru dos anos 80, exatamente o que queríamos para este primeiro e tão importante álbum para nós. Ficou fantástica!”, comemora Guedz.

“Antichrist Reborn”

Antichrist Reborn, é um lançamento da Alma Mater Records, de Fernando Ribeiro (Moonspell). No Brasil, ele sai com o selo da Voice Music. Enquanto que a distribuição digital fica a cargo da Blood Blast, subsidiária Nuclear Blast.

“Você não vai acreditar o quão forte é esse disco. O The Troops of Doom vai reivindicar o título de melhor álbum de death metal do ano” (Fernano Ribeiro, Moonspell/Alma Mater Records).