Krisiun lança “Mortem Solis”, seu décimo segundo álbum

Krisiun lança “Mortem Solis”, seu décimo segundo álbum
Foto por Maya Melchers (Crédito: Century Media). Divulgação.

Com mais de 32 anos de carreira, o Krisiun lançou hoje (29/07), “Mortem Solis”, seu décimo segundo álbum de estúdio.

Criada em 1990 em Ijuí, munícipio do estado do Rio Grande do Sul, o Krisiun levou apenas cinco anos para lançar seu primeiro disco completo.

A estreia com “Black Force Domain”, hoje um clássico, foi lançada em 1995 e de lá pra cá, muita coisa mudou, menos o comprometimento dos membros do Krisiun, os irmãos Alex Camargo (baixo/vocal), Max Kolesne (bateria) e Moyses Kolesne (guitarra), com o metal extremo feito com dedicação e lealdade. E “Mortem Solis” é mais um capítulo dessa história.

‘Mortem Solis’ é mais direto. Cortamos tudo o que consideramos desnecessário para torná-lo o mais brutal possível”, afirma o guitarrista Moyses Kolesne“Sem usar um computador ou um metrônomo, tudo sob o verdadeiro espírito do Death Metal. Nós três compartilhamos a mesma visão para o Metal. Somos um exército de três. Claro, evoluímos como irmãos, pessoas e músicos. Nós nos divertimos muito juntos. Mas essa coesão nos deu o jeito Krisiun, o caminho em que estamos e continuamos a trilhar.”

Death Metal “Old School”

Koslene também revela que não vê a cena atual do death metal, como ela era antigamente. Para ele, as bandas estão mudando, se adequando ao mercado e se tornando mais comerciais. Não significa, no entanto, que esse processo seja algo necessariamente ruim. Mas ele não vê isso de maneira positiva e deixa claro que o Krisiun, nunca cederá a uma tendência.

“Vemos uma cena cheia de posers”, diz Kolesne“O Death Metal está ficando mole. Não vamos participar de nada disso. Sabemos de onde viemos e o que o Death Metal significa para nós: ele é tudo! O ódio e a repulsa nos alimentaram. É por isso que ‘Mortem Solis’ é despojado, a intensidade é ampliada e gravamos sem as muletas da modernidade. Acho que você pode ouvir que estamos extremamente zangados. A música e a vibração que ele emite são intencionalmente óbvias.”

Tudo chega ao fim

Com dois anos de inatividade em cima do palco, o grupo teve tempo para parar e planejar os próximos passos. Diferente do que fizeram no último álbum, “Scourge of the Enthroned” (2018), produzido por Andy Classen, na Alemanha, dessa vez, o Krisiun decidiu gravar tudo no Brasil.

“Mortem Solis” foi gravado no Family Mob Studio em São Paulo, com o auxílio dos engenheiros de som, Hugo Silva (Sepultura, Nervosa) e Otavio Rossato (Crypta, Desalmado). O Krisiun tomou conta da produção e as faixas foram enviadas para Mark Lewis (Nile, Monstrosity), em Nashville, Tennessee (EUA), que fez a masterização e mixagem.

Inspirado pela literatura, liricamente, “Mortem Solis” está cheio de metáforas. O título significa “A morte do sol” em latim, e é um lembrete de que até os planetas chegam ao fim da existência.

“O sol, além de seus efeitos físicos e condição cósmica, representa algo significativo nas religiões, impérios, reinos, etc. A humanidade deu muita importância ao sol, como reino e salvação. Mas, vivemos em um mundo moribundo. Impérios caem, reis caem, políticos mentem e a fé se perdeu ao longo da história. Então, a metáfora para ‘Mortem Solis’ é esta: tudo morre em todos os lugares e não há como escapar disso“, explica Koslene.

“Mortem Solis” é um lançamento da Century Media, gravadora do Krisiun desde o terceiro álbum, “Conquerors of Armageddon” (2000). Além do streaming, a versão física também está disponível no Brasil través da parceria entre Century Media, Sound City Records e Shinigami Records.